PPP – Fala candidato!
No último dia 18, a Zero Hora publicou reportagem onde havia um questionamento aos postulantes ao governo do RS nas próximas eleições.
Trata-se de um tema que nos afeta diretamente como trabalhadores de uma empresa pública de saneamento.
Ana Amélia Lemos (PP)
Buscaremos os recursos onde estiverem, desde que sejam criadas regras claras para essas parcerias, com segurança jurídica para garantir a qualidade dos serviços prestados. Um exemplo que podemos propor é instituir PPPs no modal rodoviário. Serão adotados critérios de transparência, considerando ainda nesse processo a idoneidade e a capacidade dos interessados nas PPPs.
Edison Estivalete (PRTB)
Sim, pois o Estado não tem condições de controlar tudo e as parcerias público-privadas auxiliam no desenvolvimento de projetos. Um exemplo disto é reabrir a malha férrea do RS, com trens para passageiros e cargas. Trens modernos, confortáveis e velozes que cortem o RS de norte a sul. Um trem-bala ligando a Capital e o Litoral Norte seria benéfico, já que famílias poderiam residir naquela região.
Humberto Carvalho (PCB)
Somos totalmente contrários às PPPs, pois elas não passam de uma forma disfarçada de privatização, que transfere recursos do Estado para a iniciativa privada. Vamos fortalecer o Estado, acabando com as PPPs e com essa transferência indevida de recursos da classe trabalhadora para alguns oligopólios. Não vamos propor nenhuma nova PPP e vamos, ainda, encerrar as que estão em curso.
José Ivo Sartori (PMDB)
Sou favorável às PPPs, sim. Tenho dito isso e reforço até pela situação financeira do Estado, sem possibilidade nenhuma de enfrentar os investimentos que precisam ser feitos em obras de infraestrutura para bancar o nosso desenvolvimento. As PPPs são instrumento moderno de gestão e capazes de desafogar os parcos recursos públicos para serem investidos naquelas áreas de obrigação do Estado, como saúde, educação e segurança.
Roberto Robaina (PSOL)
A Frente de Esquerda não adotará o modelo das PPPs. Sua origem remonta o processo de privatizações que assolou o país com a implantação das políticas neoliberais. Não admitiremos o modelo de PPPs para portos e aeroportos. Vamos fazer investimentos públicos diretos desde que tenham caráter dual: atendam às necessidades dos gaúchos e beneficiem empresas que desejam reduzir custos.
Tarso Genro (PT)
A iniciativa privada foi parceira em diversas ações do governo, como na construção do Hospital da Restinga, o exemplo mais recente. Não temos problemas com parcerias com a iniciativa privada, desde que o modelo privilegie o interesse público. Estamos encaminhando parcerias em outras áreas, como o saneamento, e que terão bons resultados.
Vieira da Cunha (PDT)
O RS é hoje o Estado mais endividado do país. Resta-nos uma margem de investimentos com recursos próprios muito pequena (apenas 5% da receita líquida). Assim, dependemos de outras fontes para melhorar a nossa infraestrutura, e as PPPs são uma maneira de realizar as obras necessárias sem recorrer a empréstimos. Exemplo de PPP que pretendo realizar são as concessões de rodovias.
Caro trabalhador do saneamento, siga se informando, siga debatendo. Afinal é o seu emprego que está em jogo.