Sindiágua na luta com as mulheres na Marcha das Margaridas 2019
Na ultima quarta feira, 14 de agosto, mais de 100 mil mulheres floriram a Capital Federal marchando em direção a esplanada dos ministérios na Marcha das Margaridas.
A proposta da Marcha das Margaridas é fazer entender que é preciso enfrentar as contradições de classe, transformar as relações entre os gêneros e entre as gerações, combatendo fortemente o preconceito e o patriarcado.
Para as mulheres do campo, da floresta, das águas, a marcha tem sido um caminho coletivo de construção de um projeto de uma sociedade que propõe e pensa em um Brasil sem violência, com democracia, soberania popular, onde as relações sociais sejam pautadas nos valores da ética, solidariedade, reciprocidade, justiça, total responsabilidade e respeito à natureza.
As Margaridas, marcham para denunciar a retirada de direitos que foram duramente conquistados e consagrados na Constituição Federal de 1988 além de outros temas de extrema importância para a categoria entre eles:
* Retrocessos políticos;
* Programas públicos;
* Efeitos da política de austeridade;
* Reforma da Previdência;
* Ação sistêmica do racismo e do sexismo, fundamentalismo;
* Intolerância religiosa;
* Violência contra as mulheres;
* Aumento da criminalização do aborto;
* Crimes ambientais;
* Flexibilização da posse de armas;
* Ausência de regularização fundiária;
* Aumento de concentração de terras;
* Expansão do latifúndio;
* expropriação violenta de terras;
* Ataque sistemático;
* Criminalização ao movimento sindical e social;
* Desigualdade salarial;
* Pouca representatividade de mulheres nos espaços de poderes;
* Desmonte do Estado Democrático de direito;
* Aumento considerável de níveis de agrotóxicos na alimentação.
As Representantes do Sindiágua estavam lá, lutando junto com as Margaridas pelo direito de todas.
Para Ana Cruz, secretária de saúde e segurança do trabalhador/trabalhadora do Sindiágua a marcha é um momento histórico para as mulheres, “São esses ataques que não cessam, e nos mulheres precisamos seguir unidas para combatê-los”, afirma.
A secretária Regional Renata Valim acredita que estar na Marcha das Margaridas demonstra exatamente o que um dos slogans dizem, “Somos como as águas, crescemos quando nos encontramos”.
“Somos mais de 50% da população brasileira e seremos as responsáveis pela revolução que irá acontecer, seja agora ou mais em frente. Basta multiplicarmos a força que temos, despertar em cada mulher o poder que cada uma detém, não podermos permitir a retirada de direitos, os venenos em nossos alimentos e na nossa água, não podemos permitir que homens decidam pelos nossos corpos”, conclui, Renata.
As dirigentes Marlei Mesquita, Simone Dutra e Rosane Gonlçaves também representaram o Sindiágua na caminhada.
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