Saúde e Segurança do Trabalhador foi tema central do Encontro de Representantes Sindicais
Três dias de intenso trabalho e reflexão foram proporcionados pelo SINDIÁGUA na última semana, com destaque para o tema ‘Saúde e Segurança do Trabalhador’. Durante o Encontro, realizado em Porto Alegre, os Representantes puderam debater assuntos do dia a dia dos trabalhadores além de iniciar a montagem do rol de reivindicações a ser aprovado em Assembleia Geral. A Direção Sindical, em suas manifestações ao longo de evento, enfatizou o atual quadro político a ser enfrentado, não só durante a Campanha Salarial mas em um mandato de um governo que sempre quando esteve no poder feriu direito dos trabalhadores além de tentar privatizar a Companhia.
Temas predominantes do evento, a Saúde e Segurança do trabalhador foram abordados em variados aspectos: “No processo de negociação coletiva”, no “Assédio Moral”, em ‘Acidentes, doenças e mortes relacionadas ao Trabalho”, na “Unidade Básica de Saúde” e na “Exposição ao Benzeno”. O quadro político internacional e nacional também foi pauta do Encontro, assim como questões de suma importância sobre a Fundação Corsan, o PDV e a aposentadoria especial. Por fim, os Representantes trouxeram demandas da base referente a Campanha Salarial 2016/2017 a ser definida em Assembleia Geral, que será realizada no dia 18 de março.
O presidente do SINDIÁGUA, Leandro Almeida, fez um histórico de enfrentamentos contra governos que primaram por retirar conquistas e direitos de trabalhadores. Para ele, a unidade dos trabalhadores será fundamental para frear os objetivos do atual governo. Entre eles, Leandro ressaltou o projeto de lei que deve ser encaminhado pelo governador à Assembleia Legislativa, no mês de março, que restringe a cedência de servidores estaduais aos sindicatos.
O líder estudantil, funcionário público e dirigente sindical Raul Pont frisou que nos dias atuais a luta de um sindicato não se restringe a questão salarial. “Tem que ter opinião sobre todos os aspectos de nossa sociedade”, afirmou. Em sua palestra, Pont realizou uma análise profunda da conjuntura política internacional e nacional. Falando especificamente sobre as estatais, ele afirmou que é possível ter empresas públicas bem administradas e que os sindicatos e os trabalhadores devem lutar por isso. O deputado estadual Jeferson Fernandes, que acompanhava a palestra, comentou o atual momento político do Estado e ratificou a importância da PEC da Água, a qual ele apresentou na Assembleia Legislativa. O deputado afirmou que as privatizações estão na pauta do governo e que a PEC é uma garantia para defender este setor tão importante da sociedade. O professor e doutor em Saúde Ambiental Luiz Roberto Moraes, um dos mais importantes conhecedores do Brasil sobre o tema, detalhou o que estipula a Constituição Federal, a Lei n° 11.445, de 05/01/2007 (Lei Nacional de Saneamento Básico) e o Estatuto das Cidades sobre o saneamento. A Resolução da Assembleia Geral da ONU (28/07/2010), que pela primeira vez reconheceu formalmente o direito à água e ao esgotamento sanitário e que eles são essenciais para a concretização de todos os direitos humanos,também foi abordada.
Para o professor, é preciso entender as leis para que a luta em prol do saneamento público seja feita de maneira efetiva. Segundo ele, a participação em conselhos e representações sociais que abrangem o tema saneamento é o primeiro passo para praticar o processo e definir estratégias de controle social do setor. Moraes acredita que a ‘palavra mágica’ na batalha por um saneamento eficiente é o controle social, que deve ser praticado diariamente e com um leque variado de informações. Dary Beck, secretário de Saúde e Segurança do Trabalhador da CUT-RS, pediu uma luta incansável por condições de trabalho. “É preciso ter um olhar crítico sobre as condições as quais somos submetidos no dia a dia”, alertou. O secretário elogiou o SINDIÁGUA em abordar o tema Saúde e Segurança do Trabalhador e ratificou que o Sindicato e seus representantes devem lutar na prevenção de acidentes.