Em Assembleia Geral, proposta da Corsan é acolhida

Em Assembleia Geral realizada nesta sexta-feira (13), os trabalhadores e as trabalhadoras da Corsan aprovaram a proposta da Companhia referente à Campanha Salarial 2018/2019.
A proposta mantém todos os direitos do Acordo Coletivo de Trabalho atual. Além disso, ela apresenta os seguintes itens:

– Reposição salarial de 1,69% em todas as cláusulas financeiras retroativas à maio.

– Promessa de cumprimento dos Planos de Cargos vigentes.

– Turno de Revezamento. Possibilidade de intervalo mínimo de 30 minutos.

– Jornada de Trabalho. Possibilidade de adoção de intervalos de 30 minutos até duas horas.

– Sobreaviso. Trabalho de até 62h em sábados, domingos e feriados, podendo ser acrescido de mais 24h em caso de feriado. De segunda a sexta-feira, de até 14h por dia. Alteração dos transportes de ida e volta da casa do trabalhador até seu local de trabalho, podendo ser através de veículo próprio da Corsan, táxi ou aplicativo de transporte urbano.

– Estabilidade aos empregados aposentados.

Mobilização arrancou nova proposta
No dia 28 de junho, os Representantes Sindicais do SINDIÁGUA estiveram reunidos em Porto Alegre e analisaram – em conjunto com a Direção Sindical – a proposta feita pelo governo Sartori, através da direção da Corsan, aos trabalhadores e trabalhadoras da Companhia.

Além de um amplo debate sobre a opinião dos trabalhadores e das trabalhadoras da Corsan a respeito da então proposta, uma Comissão de Representantes Sindicais acompanhou a Direção do SINDIÁGUA e juntos entregaram à direção da Companhia um documento manifestando o repúdio por qualquer proposta que apresente a retirada de direitos.

No decorrer do dia, a direção da Corsan apresentou uma nova proposta, que então foi analisada pelos Representantes que deliberaram pelo chamamento da Assembleia Geral realizada hoje e que deu fim às negociações.

Para o presidente interino do SINDIÁGUA, Arilson Wunsch, “esse é um momento difícil onde o governo do MDB – tanto de Sartori quanto de Temer – está em uma cruzada de marginalização dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público e a retirada de direitos é recorrente para todos e todas.”

Segundo Wunsch, “nessa Campanha Salarial a proposta também era de retirada de direitos, mas por muita habilidade conseguimos manter o Acordo Coletivo de Trabalho sem perdas em relação ao ano passado. Ressaltamos que caso não tivéssemos realizado o Acordo por dois anos na maioria das cláusulas, essa batalha seria bem mais complicada, tal qual foi no ano passado.”

Arilson frisa que “conseguimos alguns avanços nesse momento. Mesmo sem serem de ordem financeira, estamos evoluindo na cláusula das jornadas de trabalho e na estabilidade dos empregados aposentados, evitando o efeito do governo Britto (PMDB) em 1995, que causou a demissão em massa de aposentados e aposentadas da Corsan.”

Por fim, Wunsch acredita que a “luta está apenas começando, pois enquanto todos estavam prestando atenção no jogo da seleção, o presidente Temer e seus aliados, não contentes com a lei das terceirizações, reforma Trabalhista e outras mais, colocavam goela abaixo a medida provisória que destrói o saneamento público no país.”

Assembleia Geral - 13/07/2018

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