Encontro Regional recebe cientista político para analisar momento atual e importância do movimento sindical

Começou hoje (6), um calendário de Encontros Regionais de Representantes Sindicais do SINDIÁGUA/RS. Além da Regional Pampa, nesta quinta-feira também aconteceu o encontro da Regional Metropolitana, em Porto Alegre.

A convite do secretário regional Eduardo Passos, o evento da capital contou com a presença do cientista político, professor de Relações Internacionais e Jornalismo e Pós doutorando em Economia Política, Bruno Lima Rocha.

Na palestra “Conjuntura Internacional, Nacional e Estadual”, Bruno frisou a importância do movimento sindical e de os sindicatos se organizarem com suas comunidades próximas contra todos os desmontes e ataques dos governos atuais contra os trabalhadores.

Diante de ações privatistas, o professor lembrou que estatais não têm o compromisso com lucro e que além dos interesses financeiros, só há um motivo para que os governos estaduais e Federal estejam tão empenhados em rifar nossas companhias: um plano ideológico.

“O que estamos vivendo é fruto de um golpe, mas também de nossas escolhas”, pontuou.

Na questão do Saneamento, Bruno disse acreditar ser um setor importante na virada que o país precisa dar para recuperar tantas perdas e lembrou a chamada “Guerra da Água” que aconteceu na Bolívia, no início dos anos 2000.

“Depois de ter a água privatizada, o povo se reorganizou, buscou a nacionalização do serviço de saneamento e, dali em diante, o país passou por outros movimentos que culminaram na eleição de Evo Morales. Apesar das críticas que tenho a seu governo, foi uma significativa reviravolta naquele momento”, disse o professor.

O presidente do SINDIÁGUA/RS Leandro Almeida, falou sobre a aprovação da PL do Saneamento que está prestes a ser votada na Câmara dos Deputados e reforçou: “Ou a gente reage, ou nós vamos pagar muito caro para reverter essa situação. Por isso, precisamos parar no dia 14 de junho e aderir a Greve Geral. Eles já mostraram que vão votar contra nós em tudo que puderem na Assembleia e no Congresso.”

Bruno, em concordância com o presidente, finalizou: “O governo tem pressa porque sabe que se não emplacar um conjunto de ações logo no primeiro ano, depois isso vai ficando mais complicado. É difícil diante da realidade dizermos que é possível reverter, mas é possível. Não será fácil, mas se alguém tem contato com as comunidades são vocês, representantes sindicais. E precisamos dessa união para mudar o cenário que está aí”.

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