Encontro debateu os desafios dos trabalhadores e do Sindiágua após a privatização da Corsan
O segundo dia do Encontro Estadual de Representantes Sindicais, promovido pelo SINDIÁGUA/RS foi de debate sobre os desafios da classe trabalhadora e do Sindiágua após a privatização da Corsan. A professora Helenir Schürer, ex-presidente do CPERS e Secretária de Formação da CUT/RS, coordenou os trabalhos, que aconteceram de forma interativa e prática mostrando as experiências do processo de privatização da CRT e da CEEE.
A secretária de formação da CUT ressaltou a importância da unidade da categoria, através do Sindicato, e da formação sindical para o enfrentamento desse novo momento após a privatização. “A formação sindical é muito importante. Vocês terão que trabalhar na base a consciência política e de classe. Quando a gente não tem consciência política somos igual barata votando em inseticida. Não podemos negar a grande política, pois o voto traz consequências. A caminhada é longa e difícil, mas eu tenho certeza que a categoria continuará na resistência”, afirmou Helenir.
O presidente do SENERGISUL, Antônio Jailson Silveira, e o diretor do SINTTEL, Juan José Sanhez, falaram um pouco sobre a experiência que viveram com a privatização da CEEE e da CRT. A semelhança entre os processos é muito próxima do que está acontecendo agora na Corsan. Segundo o presidente do SENERGISUL, no caso da CEEE, antes começou o sucateamento material e político, depois passaram a desmerecer o sindicato para fragilizar os trabalhadores até a entrega de um serviço essencial para a iniciativa privada. “O conselho que posso dar é que confiem no sindicato e permaneçam na luta, pois só com a união e a consciência de classe, vocês conseguirão superar as adversidades provocadas pela privatização”, afirmou Antônio.
Para o diretor do SINTTEL, Juan José Sanhez, esse é um momento de fortalecimento da luta e da resistência, e a sindicalização de novos trabalhadores e a formação sindical são fundamentais para a manutenção política e econômica do sindicato e também para o enfrentamento. “A luta continua, e é contínua, esse é momento de unirmos força para fortalecer o sindicato e a nossa luta”, disse Juan.
GTs discutiram as condições de trabalho de cada região
No período da tarde, foram criados seis Grupos de Trabalho, contemplando todas as regionais do Sindicato, para ouvir os delegados sindicais sobre a situação em cada região. Nos grupos, coordenados pelos diretores regionais, foram analisados os serviços prestados pela empresa à comunidade, as condições de trabalho oferecidas aos funcionários e também apresentadas sugestões para alterações ou novas cláusulas para o Acordo Coletivo 2025/2026.