Acordo Coletivo e defesa das estatais pautaram Encontro de Representantes

Não só da luta corporativa vive uma entidade sindical, pelo menos aquelas que buscam uma evolução no trabalho diário e político nos dias atuais, onde as informações circulam de uma maneira rápida e em que cenários políticos se transformam em minutos. Com o objetivo de debater temas relevantes aos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros, assim como elaborar as estratégias da Campanha Salarial 2017/2018, o SINDIÁGUA realizou entre os dias 22 e 24 de fevereiro, em Porto Alegre, mais um Encontro Estadual de Representantes Sindicais.

Durante os três dias de evento, a Direção do SINDIÁGUA e os Representantes Sindicais abordaram a história e enfrentamentos realizados pelo Sindicato nos 30 anos de atuação, realizaram reuniões regionais que moldaram o rol de reivindicações a ser apreciado em Assembleia Geral e discutiram temas nacionais como a Reforma da Previdência.

Cedae
“O projeto de privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae), aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, serve de alerta aos trabalhadores da Corsan”, enfatizou o presidente do SINDIÁGUA, Leandro Almeida. Para ele, o governo Temer via a Companhia como a joia da coroa do Estado do Rio de Janeiro, e o mesmo deve ocorrer com a Corsan. “A privatização da Cedae deixa claro o desafio que teremos neste ano. A luta será pelo nosso emprego”, ratificou.

 

 

Rio Grande do Sul em foco
As “políticas públicas do Governo Sartori para o funcionalismo” foi um dos assuntos abordados neste atual quadro de ameaça e enfraquecimento político e financeiro das estatais realizado nestes últimos anos pelo governo peemedebista e seus aliados na Assembleia Legislativa do Estado. Dentro deste cenário, uma ampla apresentação sobre os custos da entrega do patrimônio público à iniciativa privada, assim como os malefícios aos trabalhadores e por consequência à sociedade, também foram um dos temas do Encontro. Para o Secretário de Formação e Cultura do SINDIÁGUA, Geovane Martins Teixeira, o evento tratou dos assuntos de interesse da categoria a curto, médio e longo prazo. Palestras técnicas municiaram nossos colegas da base com dados estatísticos como apresentação do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e o relato presencial de outras categorias que estão na luta pela sobrevivência ao governo peemedebista.

“A Reforma da Previdência, e a retirada de direitos dos trabalhadores também foram abordadas, tudo isso antecedendo a reunião com os Regionais, que com o aumento do tempo das discussões propiciou um debate a miúde dos Diretores com seus Representantes, terminando com a discussão detalhada da Campanha Salarial 2017/2018. O objetivo foi alcançado em sua plenitude, e os Representantes voltam para suas bases esclarecidos e munidos de informações e materiais”, afirmou o Secretário.

A Assembleia Geral, que analisará o rol de reivindicações da Campanha Salarial 2017/2018, será realizada no dia de 10 de março, em Porto Alegre, e será seguida de uma caminhada até o Palácio Piratini onde será feita uma mobilização em prol da Corsan pública e contra o desmonte do Estado.

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