20 de novembro – Dia da Consciência Negra
(Novembro Negro – Combate ao Racismo)
O dia 20 de novembro, foi instituído por lei o dia Nacional da consciência Negra, data de referência a morte do líder Zumbi, do Quilombo dos Palmares. Quilombo situado em Alagoas que durou mais de um século como espaço de resistência à escravidão.
A data serve para debater a importância do povo e da cultura africano no Brasil. Segundo a filósofa Djamila Ribeio, o debate é sobre uma estrutura de poder que confere privilégio racial a determinado grupo, criando mecanismos que perpetuam desigualdades. A desigualdade que existe na sociedade brasileira não é natural, mas resultado de uma estrutura racista, relação entre a escravidão e o racismo.
Ressaltando que a população negra foi escravizada, e não era escrava – palavra que denota que seria uma condição natural, ocultando que esse grupo foi colocado ali pela ação de outrem, observa Djamila Ribeiro. A psicanalista Neusa Santos, afirma que:
“A sociedade escravista, ao transformar o africano em escravo, definiu o negro como raça, demarcou o seu lugar, a maneira de tratar e ser tratado, os padrões de interação com o branco e institui o paralelismo entre cor negra e posição social inferior”.
Portanto, tratar da Consciência Negra, é tratar da formação, entender o racismo estrutural. É ter compromisso com uma política antirracista, afirma a secretária de Combate ao Racismo da CUT-RS, Isis Marques.