Debate sobre assédio moral e sexual encerrou o Encontro de Representantes Sindicais

Um assunto tão importante e necessário, principalmente para esse momento pós-privatização da Corsan, o Assédio Moral e Sexual foi o tema do painel que encerrou o Encontro Estadual de Representantes Sindicais do Sindiágua.  A temática foi abordada pelas advogadas Priscila Matheus e Luiza Vieira, da COP Advogados, e coordenada pela diretora Sindiágua, Franciele Menezes, com a participação da diretora de base, Maria Cristina, representando a Comissão de Mulheres.

O terror da privatização, a ameaça de transferência, o esvaziamento de função, a demissão de delegados sindicais, o bloqueio do acesso ao sistema ou isolamento de um trabalhador, são alguns exemplos concretos de assédio moral, segundo as advogadas Priscila Matheus e Luiza Viera. Durante o painel, elas esclareceram e orientaram os participantes sobre essa prática nociva para a saúde, que pode levar ao adoecimento dos trabalhadores e trabalhadoras.

Um depoimento durante o encontro comprovou o sofrimento a que os trabalhadores estão expostos diante do assédio moral. “Nosso ambiente de trabalho está nos adoecendo, a maneira como tudo está acontecendo, a falta de apoio, cobranças e ameaças de advertências e não temos a quem recorrer. Não temos mais estatuto disciplinar”, disse.

A advogada Priscila Matheus foi incisiva ao dizer que é preciso reagir e coibir essa prática de gestão. “ É muito grave o que estão fazendo com os dirigentes sindicais. Vocês não podem adoecer, temos que continuar coibindo o assédio moral e sexual”, afirmou.

Em relação ao assédio sexual, onde as mulheres são as principais vítimas, as advogadas orientaram para que se faça a denúncia sempre. Abraçar de forma demasiada, piadas de cunho sexual, beijos sem consentimento, homofobia são algumas manifestações do assédio sexual dentro do ambiente de trabalho. “É fundamental que o trabalhador junte prova e faça a denúncia, pois o assédio sexual é crime reconhecido pelo Código Penal e leva a uma demissão por justa causa”.

 

Acordo Coletivo foi pauta do encontro

O último dia do Encontro de Representantes iniciou com a  apresentação do levantamento feito pelos Grupos de Trabalho sobre a situação das condições de trabalho em cada região. Com as contribuições apresentadas pelos participantes se começou a debater a construção do Acordo Coletivo 2025/2026.

O debate foi orientado pelos advogados Luiz Gustavo e Priscila Matheus, da COP Advogados que é responsável pela assessoria jurídica do sindicato. “A Corsan não é uma empresa qualquer, ela presta um serviço de saúde à população, vocês não podem permitir a precarização desse serviço e das condições de trabalho. A manutenção do Acordo Coletivo é muito importante, mas para isso, é preciso mobilizar a base para dar força ao Sindicato”, ressaltou o advogado Luiz Gustavo.

MOÇÃO DE REPÚDIO: ao final do encontro, os participantes aprovaram, por unanimidade, a elaboração de uma moção de repúdio contra o que está acontecendo na gestão da AEGEA/CORSAN.

 

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