Resolução 27, o início do fim da Corsan

A Corsan apresenta mais uma tentativa de forçar os trabalhadores a mudarem seus horários de trabalho. Mesmo sabendo que a Justiça pode considerar isto uma ruptura do pacto laboral, eles insistem.

Passivo Trabalhista
Para uma direção da Corsan que se diz preocupada com o passivo trabalhista, não entendemos ser esta a melhor alternativa. Mas, nossa Assessoria Jurídica está estudando mais aprofundadamente o caso e, em breve, teremos novidades. Da mesma maneira quando a Corsan resolve não pagar as letras e o trabalhador ganha na Justiça. Da mesma forma quando a Companhia resolve economizar e usa a mão de obra do trabalhador para um cargo superior e a Justiça determina o reconhecimento.

Ou quando a Corsan permite o Assédio Moral e o trabalhador aciona o judiciário para ter ressarcido o seu dano moral. Enfim, é mais uma que a direção da Corsan vai jogar para o judiciário e depois o governo vai culpar os trabalhadores pelo “Enorme passivo trabalhista”. Já conhecemos este filme.

Objetivo Real da Medida: Governo Do Estado + Direção Da Corsan = Fim da Companhia
Tal medida torna notório o objetivo do governo do Estado em precarizar os serviços da Corsan num período em que, historicamente, a demanda no fornecimento de água e suas operações crescem substancialmente. O resultado disso será o descontentamento da população, pela possibilidade de falta de serviços e de água, que resultará numa exposição negativa da Corsan e de seus trabalhadores junto à mídia e população.

Mas como já dissemos, primeiramente a direção da Corsan destrói os serviços para justificar o objetivo real da linha de governo que ocupa o Palácio Piratini, que está alinhada diretamente com os inquilinos do Planalto.
Reflexos já estão se notando diretamente na Região Litorânea do Estado, onde por ordem do superintendente, os chefes inexperientes e com receio de perder a FG, obedecem de forma cega e já estão precarizando os serviços.

Fato presenciado pelo SINDIÁGUA na tarde de ontem em Torres, onde a chefe prefere “governar” da mesma forma que o governador do Estado o faz. Inclusive nos foi relatado que a empreiteira que atua na Unidade também está “proibida” de trabalhar fora do horário de expediente para que seus trabalhadores também não tenham horas extras, mas esse assunto é mais extenso e certamente voltará a ser pauta mais adiante.

Os trabalhadores estão revoltados com a situação e mesmo depois do horário de trabalho, fizeram uma reunião com o Sindicato para pedir socorro, pois entendem que a prestação de serviços de qualidade para a sociedade é de suma importância para a nossa sobrevivência.

Todos sabem que o Rio Grande do Sul se encontra no Litoral nos meses de verão, e a direção da Corsan, em parceria com o governo Sartori e seus aliados, com o objetivo de acabar com a Companhia, prefere centralizar todo o “poder” para precarizar os bons serviços prestados pelos nossos trabalhadores.

Além do Litoral, em outras unidades, nas COP’s, manutenção e eletromecânica, administrativos, os trabalhadores da Corsan também estão manifestando sua indignação, pois o atual modelo de atuação do governo e direção da Corsan está levando objetivamente a nossa Companhia para os braços da iniciativa privada.

Lamentável papel que o presidente da Corsan, em nome do governador e sua turma, está fazendo. Ele, juntamente com a direção da Corsan, está destruindo toda uma história de bons serviços prestados pela nossa Corsan. Solicitamos que seja revogada imediatamente esse ato arbitrário e autoritário que é a Resolução 27, que marca o início do fim da Corsan.

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