Sindicato participa de audiência pública em Uruguaiana

O SINDIÁGUA foi convidado para fazer parte da mesa dos trabalhos na Audiência Pública promovida pela Comissão de Serviços Municipais da Câmara de Vereadores de Uruguaiana, no último dia 25. O tema era a prestação de serviço de saneamento na cidade.

O presidente da Comissão, vereador José Clemente, abriu os trabalhos mostrando a situação caótica de vários pontos da cidade, com esgoto a céu aberto. Lembrando que, em 2011, quando a Odebrecht assumiu, a promessa (que virou cláusula de contrato), era que 100% da cidade teria esgoto coletado e tratado em cinco anos.

A maravilha do Sanchotene
O prefeito da época, em Uruguaiana, virou um “superstar”. Entrevistas, convites para palestras em outros municípios e muita badalação da imprensa. Afinal, ele teve a “coragem” de mandar a Corsan embora.

Esta mesma imprensa, prefeitos e vereadores que convidaram Sanchotene para palestras, deveriam ir hoje à Uruguaiana.
Das oito bacias previstas para construção das redes de esgoto, faltam quatro. Uma a Corsan já havia deixado pronta. Algumas das bacias já foram iniciadas, mas sem Estação Elevatória, jogam o esgoto in natura no Rio Uruguai.

A ETE (que a Corsan também deixou pronta), que a Odebrecht deveria ter começado a obra de ampliação no segundo ano do contrato, está até hoje como deixada pela Corsan. Como disse o secretário de Planejamento do município durante a Audiência Pública: “Eles não ampliaram a ETE para focar na construção de redes e assim, poder cobrar do usuário.”

Licença Ambiental
A última licença ambiental é ainda do tempo da Corsan. Na semana passada saiu a notícia de que a Agência Nacional de Águas (ANA) negou à BRK (nova operadora) a renovação da licença para jogar esgoto sem tratamento no Rio Uruguai.
Por uma questão bem lógica: se a universalização se daria em cinco anos, o prazo da licença era de cinco anos.

Enfim
Tudo aquilo que o SINDIÁGUA afirmava na época da disputa do contrato, batalha que iniciou em 2008, está acontecendo hoje.
São as maravilhas da privatização do saneamento. Não entendemos o motivo da atual gestão insistir com PPP no esgoto. O resultado já é conhecido.

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