Frente em Defesa das Estatais debate campanha de mídia contra privatizações
A Frente em Defesa das Estatais, integrada pelas entidades sindicais dos funcionários, se reuniu na manhã de terça-feria, 25, na sede da CUT-RS, em Porto Alegre. No encontro, dirigentes do SindBancários, Fetrafi-RS, SINDIÁGUA e Senergisul debateram a realização de uma campanha de mídia para alertar a sociedade gaúcha para as ameaças de privatização das estatais e aumentar a mobilização em defesa do patrimônio público.
O governador José Ivo Sartori (PMDB) já manifestou a intenção de extinguir fundações e privatizar empresas estatais. Porém, de acordo com a Constituição do RS, é necessário em determinados casos consultar a sociedade, através de um plebiscito, sobre a possibilidade de privatização ou extinção de instituições públicas.
O coordenador da CUT Metroplitana, Carlos Alberto Pauletto, explica que a Frente em Defesa das Estatais é um movimento de resistência, organização e luta do movimento sindical, devido aos eminentes ataques do governo Sartori contra o patrimônio do povo gaúcho. “O serviço público de qualidade é uma das bandeiras históricas da Central”, afirma.
“Nosso objetivo é manter as estatais públicas. Por isso, estamos na luta e queremos fazer uma campanha de mídia para dialogar com a sociedade. Sabemos que o Banrisul, a CEEE e a Corsan estão entre as empresas mais rentáveis para o Estado e estão correndo risco de serem privatizadas por causa do desgoverno de Sartori”, ressalta Pauletto.
As peças de mídia apresentadas para os dirigentes sindicais trazem elementos que possibilitam ampliar o debate, através de dados que mostram a importância dessas estatais permanecerem públicas. “A venda de patrimônio é um mau negócio para o Estado e à sociedade gaúcha”.
Segundo o dirigente da CUT, a campanha atuará para esclarecer e interagir em três frentes: com os trabalhadores, com a sociedade e com os deputados estaduais. “Posteriormente, a ação se ampliará junto às Câmaras Municipais.”
Banrisul, CEEE, Corsan, CRM, Sulgás, Cesa, Procergs e Corag estão entre as estatais que precisam de um plebiscito para serem privatizadas.
Na próxima terça-feira, 2 de setembro, às 10h, será realizada nova reunião com a representação das entidades, na sede da CUT-RS.