Sindiágua reúne categoria em Encontro Estadual de representantes sindicais

O Encontro Estadual de Representantes Sindicais do Sindiágua/RS, reuniu, em Porto Alegre, na tarde desta quarta-feira, 19, mais de 140 representantes da categoria de todo o Estado. O evento, que segue até sexta-feira, 21, visa fortalecer a organização dos trabalhadores da Corsan para o enfrentamento dos desafios do próximo período, na luta contra a privatização de um bem público essencial como a água, com demissões, precarização dos ambientes de trabalho e da água que chega à população.

Na abertura do encontro, o presidente do Sindiágua, Arilson Wünsh, falou sobre a importância do trabalho do sindicato na defesa de todos os trabalhadores, relembrando os mais de 800 dias de luta de toda uma categoria, unida através do Sindicato, contra a privatização da Corsan. “Com certeza o nosso esforço não foi em vão, sabemos que é uma luta árdua diante do poder político, mas seguimos. Fomos a primeira categoria a anular um leilão de privatização e também a garantir 18 meses de estabilidade no pós-privatização”, afirmou Arilson. Ele acrescentou ainda: “ o patrão não gosta que o sindicato se meta na gestão, quer que a nossa ação fique limitada só no Acordo Coletivo. Nós não vamos ficar quietos, porque o nosso trabalho mexe com a vida das pessoas e temos responsabilidade com a água que entregamos”.

O presidente da CUT, Amarildo Cenci, e o advogado Antônio Castro, da COP Advogados, foram os painelistas da primeira mesa do encontro, que apresentou uma análise de conjuntura política, econômica e abordou a questão da privatização de um serviço público tão importante como o saneamento.
“Estamos preocupados com os ataques diretos aos trabalhadores e a piora da qualidade dos serviços entregue pela empresa privada. Ela segue arrecadando e demitindo trabalhadores, que conhecem a empresa, e desmontando o serviço público. Não investe, desmonta, demite, paga metade dos salários e também a piora as condições de trabalho para os novos que estão sendo admitidos”, destacou o presidente da CUT, Amarildo Cenci.

A situação da privatização da Corsan também foi abordada pelo advogado Antônio Castro, da COP Advogados, que presta assessoria jurídica para o Sindiágua. Durante a sua fala, ele salientou que a chance de reverter a privatização da Corsan é remota. “Conseguimos vitórias parciais que mostraram para a sociedade que acabar com o patrimônio público não é bem assim. Levamos a luta a um outro patamar quando conseguimos reverter o leilão. Mas privada ou não a água é um serviço essencial, por isso temos que assegurar que a empresa entregue uma água de qualidade, respeite os direitos e a dignidade dos trabalhadores”, disse Castro.

A segunda mesa do encontro, composta pelos advogados Ramiro Castro e Priscila Matheus e coordenada pelo diretor do Sindiágua, Luis Carlos Martins, foi de esclarecimento para a categoria, com informações atualizadas sobre os processos de insalubridade, ergonomia e perícias. Um momento de ouvir a categoria e esclarecer dúvidas.

O encontro segue nesta quinta-feira, 20, com o painel “Os desafios da classe trabalhadora e do Sindiágua após a privatização da Corsan. A mesa terá a coordenação da Profª Helenir Schürer, do CPERS e da Secretaria de Formação da CUT e contará com a participação dos dirigentes sindicais Juan José Sanhez, do SINTTEL, e Antônio Jailson Silveira, Presidente do SENERGISUL.

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