SINDIÁGUA/RS com Maneco Hassen, presidente da Famurs

Na tarde desta quarta-feira (23/06), atendendo um convite do SINDIÁGUA/RS, o presidente da Famurs Maneco Hassen, participou de uma reunião que congregou ainda, as entidades pertencentes ao Fórum em Defesa da Água e do Saneamento.

Maneco trouxe suas impressões sobre uma reunião que contou com a participação além da Famurs, a Assembleia Legislativa e Governo do Estado onde foi tratado sobre o processo de regionalização do saneamento no RS, com a formação dos blocos regionais de municípios. De acordo com o presidente da Famurs, o governo está muito confiante sobre atingir seu objetivo de privatizar a Corsan.  Mesmo com a pressão dos municípios para conhecer o que o governo do Estado pretende apresentar sobre a regionalização, até agora nada foi apresentado. Ainda de acordo com o presidente, o representante da Casa Civil, Artur Lemos mencionou que o governo pretende que a tramitação tanto do  projeto de regionalização como o da privatização ocorram juntos na Assembleia,  e  com isso ser apresentado ao legislativo antes do período de recesso, não havendo tempo hábil para uma real discussão.

Maneco traz o alerta para os funcionários que ainda não compreenderam a gravidade da situação, que estão “iludidos” de que este processo irá se resolver de maneira tranquila. Estes estão cometendo um erro grande de avaliação. Segundo Hassen “A privatização está em curso, o governo conta com todas as ferramentas para vencer. Os trabalhadores precisam acordar. Somente com o empenho de todos, coordenados pelas entidades representativas poderemos avançar e, pelo menos postergar o debate para o próximo ano, onde viveremos um cenário eleitoral e as coisas tendem a ser mais debatidas. Me preocupa muito a velocidade com que o Governo do Estado quer encaminhar esta questão, complexa e de extrema importância para todos nós”, ponderou.

Após amplo debate entre as entidades, ficou reforçado o entendimento de que a saída está em sensibilizar os prefeitos e vereadores, além da sociedade gaúcha. Somente assim, poderão ser revertidos os votos necessários dos deputados que, ao cabo de tudo, serão os responsáveis por decidir sobre o futuro do saneamento no RS e também da Corsan.

De acordo com o presidente do SINDIÁGUA, Arilson Wünsch: “Todas as possibilidades estão sendo analisadas e nenhuma pode ser descartada até o momento. Até mesmo uma grande paralisação das atividades da Companhia, com vistas a chamar atenção da população para o que está ocorrendo, também está no horizonte. Temos que estar atentos ao jogo que é muito forte, cada movimento deve ser milimetricamente pensado para não errar.” O foco agora é intensificar as ações junto a prefeitos e vereadores e discutir todas as medidas cabíveis sobre o silêncio do governo do estado, sobre a regionalização, cujo prazo legal acaba dia 15 do próximo mês.

O presidente Maneco colocou a Famurs à disposição do SINDIÁGUA/RS e do Fórum para agilizar agendas com os prefeitos e vereadores do estado.

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