ATENÇÃO SOCIEDADE GAÚCHA

 

O prefeito de São Sepé, JOÃO LUIZ VARGAS, fez uma revelação estarrecedora em postagem numa rede social no dia 22 de janeiro. Ao mesmo tempo em que agradece aos trabalhadores da Corsan pela perfuração de poços na Vila Block, em seu município, denuncia que os funcionários da Companhia foram orientados por uma assessora do presidente da Corsan, Roberto Barbuti, a suspenderem os serviços, porque São Sepé não havia assinado o Aditivo Contratual que autoriza a privatização da Corsan.

 

Isso é grave!

Segundo o prefeito, que teve conhecimento dessa orientação após receber cópia de um e-mail de uma superintendente e funcionária da Corsan, o atual presidente da Companhia, que reside em São Paulo, não tem noção da seca histórica que assola o Rio Grande do Sul. São Sepé, assim como a grande maioria dos munícios que tem contrato em vigor com a Corsan, não assinou o aditivo e não pode ser discriminado por isso, ainda mais num serviço essencial como a água.

 

Ao que parece, aqui no Rio Grande do Sul, naquela que talvez seja a maior estiagem dos últimos tempos, está sendo feita uma seletividade daqueles que podem ficar à deriva e morrer de sede e aqueles que teriam o privilégio de ter água potável para sua sobrevivência. E esta “escolha” seria de acordo com o critério de quem assinou ou não o novo contrato Privatizante com a Corsan. A direção do Sindiágua/RS já contabiliza diversos relatos de pressão sobre prefeitos por parte da diretoria da Corsan e seus advogados contratados.

 

A retórica obedece a mesma lógica, de que os municípios só receberiam as obras previstas em contrato vigente (de responsabilidade do Estado do Rio Grande do Sul) se assinassem o novo contrato de privatização. Assim teria acontecido com Santa Cruz do Sul, Ijuí, Entre Ijuis, Sapucaia do Sul, e agora em São Sepé, entre outras cidades.

 

Essa postura vai além de um simples crime contra o consumidor, que paga sua conta e quer água na torneira, este é um crime contra a vida das pessoas, que ultrapassa o âmbito de uma simples improbidade administrativa. A direção do SINDIÁGUA/RS não ficará apenas no compartilhamento desses documentos, irá acionar a justiça e o Ministério Público. Denúncias serão encaminhadas também à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa e do Congresso Nacional, além da Comissão de Serviços Públicos da ALERGS, inclusive com a intenção de pleitear uma proposta de uma CPI para elucidar esse fato.

Vamos até o fim para que, em caso de comprovação e enquadramento em crime, estes agentes públicos sejam responsabilizados.Entre nessa luta. Diga não à privatização da Corsan!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

5 × 3 =